Para os amigos que brigam por política, segue um candidato que vai por fim aos confrontos.
Como as pessoas geralmente não gostam de discutir esse tema, acredito que uma piadinha pode ajudar a começar um assunto delicado.
Bem, a seguir, um texto muito POWER PLUS sobre política feito por um amigo meu, Bruno Malta, autor do blog ‘Eu quero aprender Física‘.
Vamos lá!
“Não ia escrever sobre política nessas eleições, mas foi mais forte do que eu. (por favor vejam os links no meio do texto)
Este texto está dividido em três partes. ( leia no mínimo a primeira)
Primeira parte
Em primeiro lugar, não quero atacar ninguém. Mas sim propor uma reflexão que permita fugir aos personalismos, ao clubismo partidário e tentar focar no que realmente importa.
Em segundo lugar, você é o único que pode permitir-se abrir a mente para perceber novos elementos que talvez não estejam claros. Humildade é importante para esta leitura que segue.
Pois bem, como muitos aqui já notaram existe uma guerra declarada entre PTistas, PSDBistas, simpatizantes de um ou de outro partido, “odiadores” de Lula/Dilma, “odiadores” de FHC/Aécio e adeptos do mal menor. É mais para esse povo que escrevo.
Meus caros, em política não existe um ser capaz de atuar politicamente sozinho (esta é a premissa básica que qualquer indivíduo deveria saber), isto é, absolutamente todos eles para alcançarem seus postos e para se manterem nele, durante o mandato, precisam de apoio. Todos eles, sem exceção, para implementar seus projetos precisam estar ligados a dezenas, centenas ou milhares de pessoas físicas e jurídicas (pessoas públicas, empresas, organizações, associações, sindicatos e outros partidos diferentes do seu próprio).
Isso funciona assim seja para escolher o síndico do seu prédio, sua representação de bairro, Prefeito, Governador e até da Presidência da República.
O sucesso ou fracasso das coligações partidárias, recebimento de apoiadores estratégicos, financiamento de campanha, dependem diretamente de MUITAS trocas de favores: promessa de cargos da administração pública direta (através de cargos em comissão) e indireta (nas autarquias, por exemplo); promessas de isenção fiscal e favorecimento em licitações; promessas de ministérios e chefias de gabinete; entre outros tantos favores possíveis.
São essas coligações e acordos políticos, para a conformação dos poderes Executivo (quem administra União, Estados e Municípios) e Legislativo (quem faz as leis), que DE FATO fazem a política, são elas (as coligações e acordos) que produzem avanços ou retrocessos, ganhos ou perdas por corrupções. Não é o Lula ou a Dilma, FHC ou Aécio individualmente que são responsáveis por isso ou aquilo.
É claro que cada um destes indivíduos aparecem como lideres políticos, porém são integral e totalmente dependentes de seus acordos intra e extra partidários.
Não é tão difícil enxergar isso.
Apenas três exemplos:
- Fernando Collor (vice: Itamar franco) FHC (PSDB) >>> ministro das relações exteriores de Itamar
—- Collor hoje apoia o PT
- José Sarney (o rei do Maranhão) e seu partido PMDB apoiavam FHC e seu governo (PSDB)
—- Sarney hoje apoia o PT
- Maluf (o rei da roubalheira) já apoiou o PSDB
—- Maluf hoje apoia o PT
SERÁ POR ACASO? ou apenas mudou quem está no poder?
Por conveniência e oportunidade estes partidos (compostos e DIRIGIDOS pelas pessoas que alguns de vocês adoram ou odeiam) se coligam e fazem acordos enquanto vocês ficam ai se matando:
http://estadaodados.com/coligacoes/#ano/2014/partidos/3
http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/coligacoes-partidarias/infografico/index.html
Segunda Parte
Então, vamos à análise do que se passa, com um exemplo que eu acho relevante, apenas para ilustrar:
Em tese:
PT (partido pró trabalhadores voltado à causas sociais)
PSDB (partido voltado à administração, stricto sensu, da máquina estatal)
Ponto de análise: reforma agrária.
A reforma agrária, de fato, é de suma importância para o desenvolvimento do País. Todos os países sérios já fizeram (não é coisa de “comunista”).
É possível, através dela, praticamente erradicar a fome: com incentivo massivo da agricultura familiar (da qual vem a maior parte da produção dos alimentos que comemos). (argumento pró aspecto social)
É possível desenvolver a economia incentivando, pesadamente, o desenvolvimento desses pequenos produtores que poderiam se tornar produtores de médio e grande porte para concorrerem entre si e baratear ao máximo a comida. Acabando, assim, com o monopólio da agro indústria que encarece muito os alimentos para se adequar aos desígnios do mercado.
Pessoas que compram comida mais barata têm mais dinheiro para gastar em outras coisas; concorrência leal gera desenvolvimento. (argumento pró capitalista)
No Governo FHC a pasta da reforma agrária foi traduzida em pouquíssimos assentamentos de pessoas sem terra ( isso não é reforma).
No Governo Lula/Dilma a pasta da reforma agrária ficou como sub pasta da sub pasta e não teve efetividade. (Não adianta vir com estatísticas furadas. A comida ainda é muito cara, logo não foi feita reforma agrária de fato).
Por que não aconteceu ainda?
Não é de interesse da agro indústria e da bancada ruralista. Logo, como todos os partidos trocam favores com eles, não seria possível fazer reforma.
E os bancos? por que as taxas ainda são tão altas?
Os bancos financiam FHC/Lula/Dilma/Aécio/Alckmin/ Serra/etc
>>>>>>>Itaú financia Dilma e Aécio.
Toda a indústria, agro indústria e os Bancos sentam anualmente para decidir os rumos do País, são eles os verdadeiros governantes. Não se enganem!!!
Não decidem as migalhas (são façam picuinha com meu texto), eles decidem as coisas grandes do País: tanto no governo PT quanto do PSDB
Poderia citar muitos exemplos de coisas que não são feitas, justamente pelo fato da política ser feita através de acordos.
Terceira e última parte
Por que eu voto Nulo? sim! o voto nulo é um voto político.
Qual a diferença entre o voto em branco e o voto nulo? (politicamente falando)
O voto em branco significa que você conhece e concorda com a forma que a eleição é feita, mas não tem candidato que te represente.
O voto Nulo significa que você conhece, mas NÃO concorda com a forma que a eleição é feita e não tem candidato que te representa.
- Hoje você vota no Russomano ou no Tiririca e a soma dos votos que cada um deles recebem, leva para o Congresso Nacional outros tantos Deputados que tiveram vários milhares de votos a menos do que esse ou aquele candidato. (pesquise sobre coeficiente eleitoral)
- Hoje é permitido que as empresas financiem os candidatos. Depois cobram por isso (por favor não sejam ingênuos, ninguém dá dinheiro atoa)
- Hoje um candidato pode se eleger com base em promessas espetaculares, mas a lei permite que ele não cumpra absolutamente nada do que prometeu.
Então sou a favor de uma reforma política que vise:
- O fim do financiamento, por empresas, aos partidos.
- Fim do coeficiente eleitoral.
- Mandatos de parlamentares e chefes de executivo revogáveis por descumprimento de proposta de gestão (que deve ser vinculante)
- Plebiscito (após longo e qualificado debate popular) para escolha, entre projetos candidatos, de reforma política e eleitoral.
ACREDITO SINCERAMENTE que essa seja a discussão relevante e não uma picuinha ou outra entre candidatos.
ELES estão RINDO DE VOCÊS e esperam de coração que vocês continuem a debater (se digladiar até), de maneira rasa, pormenores que de fato não alteram em nada nossa realidade: seja esse ou aquele eleito.
Beijo a todos” =*
Só para descontrair, depois de uma reflexão cabeça do meu amigo Bruno, segue um vídeo de humor escrachado do Canal Parafernalha.
Acesso em 29 de Dezembro de 2018.
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