Por volta de 5 milhões de anos atrás, nossos ancestrais viviam da caça de pequenos animais e das frutas e raízes que coletavam. Além disso, também precisavam ficar espertos com os predadores. Afinal de contas, o objetivo era comer e não ser comido. 😉
Assim que a comida do lugar em que estavam se acabava ou mudanças climáticas ocorriam, eles tinham de se deslocar para outro lugar para garantir a própria sobrevivência. Claro, ninguém quer passar fome ou sofrer com temperaturas extremas, seja frio ou calor, né?
Resumindo, era assim que nossos ancestrais viviam: caçando, coletando e fugindo de leão. Na verdade, fugindo dos predadores. O leão usado aqui é só para ilustrar, pois, nessa época, era o ancestral do leão que dava um rolê pelas savanas e não o leão como conhecemos hoje.
Pois é, como o Romenig falou, em algum momento do passado, nossos ancestrais começaram a fazer relações entre coisas que viam ao redor. Por exemplo, de tempos em tempos, um certo tipo de fruta crescia numa região X; de tempos em tempos ficava frio na região Y; a fertilidade do carneiro era periódica e algumas sementes, depois de um certo tempo, acabavam germinando e dando origem a novos frutos. Enfim, eles perceberam vários padrões e, com esses dados, foi possível se planejar para ter comida sempre. Desse modo, deixariam de ser nômades para se fixarem num lugar. Ufa! Imagine o perigo que era ficar mudando de lugar toda vez que acabava a comida. Tá loko!
Outra coisa que envolve medida, e que nós nem damos muita bola, é o tempo. Para ter uma certa noção de tempo, bastava usar o dia e a noite, mas para longos períodos (sem o controle de CONTAR e ANOTAR os dias) observar as constelações era um jeito de saber se passariam frio ou calor, se teriam plantas crescendo ou não, e se teriam de mudar para outra região.
Por uma questão de sobrevivência, nossos ancestrais sentiram a necessidade de ter um controle do tempo.
Bom, além desses perrengues, como resolver os problemas de divisão e trocas de comidas, terreno, animais etc.? Como ter um controle das quantidades? Trocar um boi por uma ovelha é justo? Se um bicho é maior do que o outro, como fazer uma troca justa? E trocar o couro de um animal por frutas? Dá pra fazer isso?
Você está percebendo que, de algum jeito, nossos antepassados tiveram de encontrar soluções para esses problemas. Se não fosse brigando, era negociando. E para realizar as trocas sem brigas, eles tinham de comparar o que estavam trocando com alguma coisa, era preciso ter alguma referência.
As trocas poderiam ser feitas de forma intuitiva, por exemplo, com base no tamanho do animal. Tinha de ser no olhômetro mesmo, fazer o quê? De qualquer forma, era um jeito de comparar, um modo intuitivo de medir.
Falando assim, até parece que foi de um dia para o outro que tudo aconteceu e que foi fácil enxergar esses padrões e fazer comparações, mas NÃO FOI NÃO! Nossos antepassados se lascaram! Era tipo o programa “Largados e Pelados” só que, ao invés de 21 dias, eles passavam a vida inteira largados e pelados. E você reclamando de acordar cedo para ir até a escola. tsc tsc ¬¬
Hoje nós temos mercados, feiras e padarias para comprar comida, temos um lugar para dormir, temos vários instrumentos de medidas e ainda sobra tempo para assistir Whindersson no Youtube e ver as BELAS E MAGNÍFICAS tirinhas do Humor com Ciência. 😉
Outra coisa, aproveitando o gancho da tirinha, quando o Romenig diz no vídeo que algumas unidades de medida são adequadas para algumas situações, isso não implica que você não possa dar a sua altura em milímetros ou em quilômetros. Resumindo, você não é obrigado a dar a distância entre duas cidades em quilômetros, por exemplo.
E, pra fechar o post com chave de ouro, as 3 situações sem unidade de medida que aparecem no vídeo (jogo de xadrez, GPS e Café da tarde) serviram APENAS para mostrar que: o que é RÁPIDO para um, pode não ser para o outro; o que PERTO para uns, pode não ser para os outros e o que é POUCO para uns pode não ser pouco para outros. O objetivo era mostrar que ter uma unidade de medida em comum é como se todos falassem a mesma língua. Isso facilita nossa vida pra caramba, fala aí?! 😉
Antes de você ir embora, olha o Nerdologia aí, gente!
No episódio a seguir, você vai entender assim esperamos o motivo de existirem variações na forma de medir as coisas. E também como são definidos os valores de medição que estamos acostumados a usar.
Clique aqui e se inscreva no canal do Nerdologia, você não vai se arrepender. 😉
E, pra você que não conhece o canal do Slow, ele postou recentemente um vídeo falando com mais detalhes sobre as relações entre nossos ancestrais e a natureza, como dominamos a agricultura e tal. Enfim, clique aqui para assistir ao vídeo, pois vale muito a pena. #ficaadica
Pra terminar com chave de ouro, mais uma tirinha. 😉
►Para saber mais:
- Sala de atividades, Clubes de Matemática da OBMEP;
- Grandezas e medidas: Surgimento histórico;
- Para medir o mundo e suas coisas;
- Medindo aqui e ali;
- Como definir o quilograma;
- Sistema internacional de unidades (SI);
- A batalha científica para que um quilo seja sempre um quilo;
- Grandezas e medidas, PPT (Manoel Oriosvaldo de Moura);
- Deus | Canal do Slow 57;
- A medida das coisas;
- Introdução à história da Matemática, Howard Eves. Páginas: 22 – 41, 493-494.
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